Imagem capa - Sobre 2017 e os presentes que recebi por Jac Oliveira
Fotografia

Sobre 2017 e os presentes que recebi

2017 foi um baita ano. Trabalhei muito. Pra ser mais exata, tive um crescimento de 200% em trabalhos na comparação com 2016. Foram muitos aniversários, formaturas, batismos, ensaios infantis, de famílias, gestantes... muitas histórias lindas, especiais. Ano passado foi a minha virada de chave para me dedicar somente à fotografia. E foi a melhor decisão que já tomei. Não só porque hoje eu tenho mais qualidade de vida - apesar dos problemas na coluna hehe -, mas principalmente porque estou mais feliz. Por diversos motivos e alguns não vêm ao caso, mas estou.


Por muito tempo procurei um sentido no que eu fazia. Apesar de gostar do meu trabalho, da minha profissão de formação, eu me sentia trabalhando para uma minoria sem impactar efetivamente a vida das pessoas. E essa sensação aumentou muito nos últimos anos. Hoje, finalmente, não me sinto mais assim. Vejo sentido e sei o valor do que eu faço. Talvez os próprios clientes não se deem conta totalmente do valor daquilo que nós, fotógrafos, entregamos a eles. E não me refiro ao valor financeiro. Falo do valor sentimental mesmo. 


Eu sei a importância das lembranças quando já não temos nosso pai ou nossa mãe. Infelizmente eu sei e hoje, a cada família que conheço em diferentes situações, é nisso que eu penso. Desde a hora do clique até a entrega do material, faço como se fosse pra mim. Faço com muito amor mesmo. E com muita responsabilidade. Porque o que eu faço por eles é deixar uma herança do tempo atual para os mais novos que, daqui há alguns anos, só terão isso para poder se lembrar do início da sua história. A fotografia que eu faço é isso, uma herança. Talvez mais valiosa do que qualquer dinheiro :-)



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Fotografando uma família muito querida, no Butiá. Foto do Rafael Jeffman.


Em 2017 colhi o que plantei em 2016, ao investir muito em cursos, workshops, congressos e equipamentos. Ao aprimorar sempre o meu jeito de atender, de trabalhar e de entregar o trabalho aos clientes. E fico muito feliz quando o cliente reconhece isso, respeita minha forma de trabalhar, o valor do meu trabalho. Embora o amor seja a válvula propulsora da atividade fotográfica, ninguém paga as contas com amor.. infelizmente! E para viver de fotografia a gente precisa encontrar o equilíbrio entre o amor e o negócio. Quem entra por dinheiro não se mantem. Quem entra só com o amor também não. 



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Fotos de Cris Munaretti e Cintia Manjabosco



Para 2018, o que quero é mais trabalho, mais crescimento, mas continuar entregando a mesma qualidade aos meus clientes. Vou continuar investindo e estudando e isso eu faço não só por eles, mas também por mim. E, para isso, para ME fazer feliz e também aos meus clientes, é que quero aprofundar ainda mais aquela ideia de herança visual. É por isso que minha fotografia será cada vez mais documental e menos posada. Uma pontinha disso vocês podem ver no clipe abaixo, resultado de algumas horas que passei com a família da Jordana. Essas carinhas, olhares, as brincadeiras e tudo mais da pequena Isabela agora vão ficar pra sempre guardadinhos com eles e para eles. Em imagens digitais e impressas. Sei que a Jordana se emocionou ao ver as fotos e pra mim esse é sempre o fechamento de ouro de qualquer trabalho. 


Espero que gostem! Um lindo novo ano a todos nós ;)